Rinite Alérgica
A rinite alérgica é uma reação inflamatória da mucosa nasal, desencadeada por uma resposta imunológica exacerbada, quando algum alérgeno inalatório entra em contato com a superfície mucosa. Essa reação inflamatória é mediada pela imunoglobulina E. É caracterizada pela presença de prurido nasal, espirros, obstrução nasal, coriza e hiposmia (dificuldade em sentir cheiros).
Ela é classificada de acordo com a frequência das crises, em intermitente ou persistente, ou de acordo com a intensidade
e impacto na qualidade de vida, em leve, moderada ou grave.
Ela é muito prevalente na população brasileira, sendo os ácaros da poeira domiciliar os principais causadores. É mais comum nos meses frios (maio a agosto). Os ácaros se proliferam em ambientes úmidos e escuros, sendo colchões e travesseiros fontes de proliferação. Além dos ácaros, os fungos também podem desencadear o processo alérgico, dependendo da predisposição individual.
É comum ocorrer associação da rinite com outras patologias como conjuntivite alérgica, asma, dermatite atópica, otites e
rinossinusites. Alguns estudos mostram a importância do tratamento da rinite para controle de quadros asmáticos.
O tratamento da rinite pode ser farmacológico e não farmacológico. Este último é de fundamental importância para reduzir a exposição aos alérgenos desencadeantes. Consiste em higiene ambiental; procurar deixar os cômodos da casa bem ventilados e arejados, colocar capas impermeáveis aos ácaros em colchões e travesseiros, evitar tapetes, carpetes e cortinas, evitar acúmulo de objetos que favoreçam a proliferação dos ácaros, como livros, revistas, caixas de papelão e bichos de pelúcia, procurar passar pano úmido e aspirador de pó ao invés de varrer a casa, evitar ambientes úmidos e infiltrações nas paredes, lavagem frequente das roupas de cama, procurar deixar secar no sol, e evitar contato com animais com pêlos ou penas.
O tratamento farmacológico consiste na utilização de anti-histamínicos, descongestionantes orais, corticosteroides sistêmicos ou tópicos, estabilizadores da membrana de mastócitos, antileucotrienos e imunoterapia. A indicação do tratamento para cada caso deve ser avaliada por um profissional habilitado.
A solução salina (solução de cloreto de sódio) deve ser utilizada para lavagem nasal frequente como coadjuvante ao tratamento da rinite. Ela melhora o transporte mucociliar da mucosa nasal, favorecendo a eliminação dos alérgenos causadores da rinite, fluidifica o muco nasal e favorece a eliminação de secreções.